sábado, 5 de junho de 2010

Dialética!



Olá,olá,heloooooooooo,viemos em paz!

Bom, galera do bem,postzito sobre uma breve reflexão, oriunda da minha mais nova aquisição literária - Como vencer um debate sem precisar ter razão - Olavo de Carvalho. O livro é baseado na Dialética Erística de nada mais nada menos que Arthur Schopenhauer(1788-1860). Bora lá?


"(...)Ter invertido a hierarquia natural e justa, fazendo da opinião pública - rainha da tagarelice - o juiz da interioridade humana, é talvez o pecado original da cultura contemporânea, onde cada homem é obrigado, pela pressão exterior, a apagar de seu coração tudo aquilo que não seja confirmado pelo falatório dos vizinhos, até chegar à degradação de se ignorar por completo e de ter de ir à butique esotérica ou psicoterapêutica da moda na esperança de comprar o último modelo de autoconhecimento prêt-à-porter..." Olavo de Carvalho.


O Amor está aí,ele não muda,nós mudamos. Não sou nada,estou sendo hoje,preso ao tempo.Aquele homem de outrora carrega novas ponderações,novas idéias,novos sonhos.Não sei se meu sorriso amanhã será o mesmo de tempos atrás,não lhe garanto seguro de personalidade,somos tão mutáveis e instáveis,mas sempre seguros da evolução,da transposição do medo que enclausura nossas almas. Não garanto que minha poesia conseguirá te seguir sempre,não garanto que minhas emoções repousarão no infinito de palavras pra te traduzir,não posso advogar uma segurança cotidiana. Talvez daqui um tempo ou dois tempos de pós-modernidade eu chegue a fórmula da estabilidade,mas não-lhe garanto ser o mesmo. Talvez isso te deixe frustrada,essa insegurança do que vivo é mais um traço da minha inquieta solicitude pela vida. Por essas e outras não lhe prometo amor eterno,faço uso das palavras do Vinicius:

"Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure"

O amor não falha,nós falhamos,e falhar faz parte da dicotomia humana,na incessante busca pela junção dos amores vividos num só. Quem sabe um dia eu pare,eu canse de mudar,mas é difícil negar-me o desejo de continuar sendo sem ser nada.Frustrado comigo e contigo talvez eu concorde com a sabia frase que ouvi: "A solidão é a grande parceira do filósofo".Não sou filósofo,mas caminho com ela,a solidão é companheira de sempre,talvez seja ela que nos acompanhe independente das nossas mutações,talvez a minha transmutação não te agrade,talvez a sua não me agrade...mas vivamos hoje,se eu não souber te amar para sempre e caminhar contigo pelo infinito de nós dois,hoje sendo e amanhã não,te amo hoje e essa é a segurança que posso te ofertar,se não lhe bastar eu compreendo...


Mafra.

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