Quando criança nos perguntam: e aí, o que você quer ser quando crescer? Ora, adulto é meio tolo às vezes, faz cada pergunta besta. Hoje, no auge dos meus 20 e poucos anos, eu tenho mais incertezas do que certezas.
Essa pergunta deveria ser questionada até pelos indivíduos mais "bem resolvidos", nós não somos garis,médicos, professores, atendentes e uma infinidade de profissões, essas coisas são nossas ocupações, maneira de realizarmos nossa vocação e ganharmos um dinheirinho, é claro que elas envolvem um pouco da nossa essência, mas o que somos mesmo é: seres humanos. Nossa essência é ser de choro, de alegria, de felicidade, de tristeza e isso nós somos quando crianças também.
Na tenra idade, não deveriam nos perguntar o que queremos ser quando crescermos, mas deveriam nos dizer: olha, você poderá ter a ocupação que sonhar, mas vê se não esquece de ser gente e chorar de vez em quando, se necessário for - mude a ocupação, mas não mude esse seu jeito faceiro de nos fazer sorrir.
Por ora, vamos resgatando aquele choro adiado, aquela mudança postergada, aquele beijo contido; por ora, vamos ser tudo aquilo que só cabe a nós sermos, sejamos humanos para Deus, nós e os outros. Viver longe disso não é coisa de adulto e muito menos de criança.
