Desejando Deus





ESQUADRINHE A BÍBLIA COM ORAÇÃO - Fonte: Satisfação em Deus
John Piper
Afim de entendermos a Palavra de Deus, nos deleitarmos nela e sermos mudados do íntimo para o exterior, temos de orar: “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Salmos 119.18). Mas, quando oramos para que os olhos vejam, nossa mente não deve permanecer neutra. Não suponha que a indispensabilidade da oração implica a dispensabilidade de pensamentos focalizados na Palavra de Deus. Quando você ora para que veja a glória de Cristo, não permita que sua mente vagueie e flutue. Esse é um grande erro proveniente da espiritualidade oriental, e não das Escrituras.
Então, o que você deve fazer?

1. Ore e leia

Leia a Palavra! Que privilégio! E que obrigação! E que potencial para ver a glória de Deus! Considere Efésios 3.3-4: “Segundo uma revelação, me foi dado conhecer o mistério, conforme escrevi há pouco, resumidamente; pelo que, quando ledes, podeis compreender o meu discernimento do mistério de Cristo”. Quando ledes! Deus quis que os maiores mistérios da vida sejam revelados por meio da leitura. Sim, Efésios 1.16-18 mostra a importância da oração (“não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações, para que... iluminados os olhos do vosso coração”). Mas a oração não pode substituir a leitura. A oração pode transformar a leitura em percepção. No entanto, se não lermos, não teremos percepções. O Espírito Santo foi enviado para glorificar a Jesus. E a glória de Jesus é revelada na Palavra. Portanto, leia.

2. Ore e estude

2 Timóteo 2.15: “Procura (ou estuda para) apresentar-te a Deus aprovado, como obreiro que não tem de que se envergonhar, que maneja bem a palavra da verdade”. Deus nos deu um livro a respeito dEle mesmo, não para que o leiamos de qualquer maneira negligente que desejarmos. Paul diz: “Procura [estuda para]...” manejar “bem a palavra da verdade”. Isso significa trabalhe na Palavra, se você deseja obter o máximo dela.
O pêndulo balança para lá e para cá. Alguns dizem: “Ore e não dependa de obras de estudo humanas e naturais”. Outros dizem: “Estude porque Deus não lhe revelará o significado de um texto por meio da oração”. Mas não achamos esta dicotomia na Bíblia. Temos de estudar e manejar corretamente a Palavra de Deus; e temos de orar, pois, do contrário, não veremos na Palavra aquilo que é essencial, a glória de Deus na face de Cristo (2 Coríntios 4.4, 6).
Benjamin Warfield, um grande estudioso da Bíblia, escreveu em 1911: “Às vezes, ouvimos alguém dizer que dez minutos de joelhos lhe darão um discernimento mais profundo, mais verdadeiro e mais produtivo a respeito de Deus do que dez horas de estudo em seus livros. ‘O quê?’ — essa é a ação apropriada — ‘dez minutos de joelhos, mais do que dez horas de estudo?’” (“The Religious Life of Theological Students”, em The Princeton Theology, edi tado por Mark Noll, Grand Rapids: Baker Book House, 1983, p. 263).

3. Ore e esquadrinhe

Ao aproximar-nos da Bíblia, devemos fazê-lo como um avarento que está à procura de ouro ou como uma noiva que perdeu seu anel de compromisso em algum lugar de sua casa. Ela esquadrinha a casa. Essa é a maneira como buscamos a Deus na Bíblia.
Se clamares por inteligência, e por entendimento alçares a voz, se buscares a sabedoria como a prata e como a tesouros escondidos a procurares, então, entenderás o temor do senhor e acharás o conhecimento de Deus. Provérbios 2.3-5
Busque como se buscasse a prata; procure como a tesouros escondidos. Isto é esquadrinhar a Bíblia para achar tudo o que é valioso. Se há tesouros escondidos, procure-os. Deus determinou que os dará a todos os que buscarem de todo o coração (Jeremias 29.13).

4. Ore e medite

Em 2 Timóteo 2.7, Paulo mostrou a Timóteo como este deveria ler sua carta: “Pondera o que acabo de dizer, porque o Senhor te dará compreensão em todas as coisas”. Sim, o Senhor dá compreensão, mas não sem reflexão. Não substitua o meditar pelo orar. Mediteore. Leia, estude, esquadrinhe e pense. Mas tudo isso será inútil sem oração.
Portanto, vimos novamente: a oração é indispensável, se queremos ver a glória de Deus na Palavra de Deus. Mas vimos, igualmente, que ler, estudar, esquadrinhar e meditar a Palavra também é necessário. Deus ordenou que a obra de abrir os nossos olhos, realizada pelo Espírito Santo, sempre seja combinada com a obra de informar a mente, realizada pela sua Palavra. O alvo de Deus é que vejamos e reflitamos a sua glória. Por isso, Ele abre nossos olhos, quando contemplamos a glória dEle em sua Palavra.
Então... leia, estude, esquadrinhe, medite — e ore! “Desvenda os meus olhos, para que eu contemple as maravilhas da tua lei” (Salmos 119.18).



Como Glorificar a Deus no trabalho
Por John Piper
Como Glorificar a Deus no Trabalho
Após duas semanas na Austrália, finalmente estou em casa. Estou transbordando de gratidão a Deus por Seus servos que lá estão, e pelo prazer de trabalhar juntamente com eles em Brisbane, Sidney e nas montanhas de Katoomba.
Uma das conferências intitulava-se Comprometidos e era destinada aos “jovens trabalhadores”, o que, em seu dialeto, significa jovens profissionais em ambiente de trabalho. Perguntaram-me, em uma entrevista, se considerava o foco desta conferência uma boa ideia. Respondi que sim, pois 1 Coríntios 10:31 diz: “ Portanto,quer comais quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus.”
Então perguntaram: Como jovens trabalhadores podem glorificar a Deus no trabalho?  E eis a essência de minha resposta:
Dependência. Vá para o trabalho totalmente dependente de Deus (Provérbios 3: 5-6; João 15:5). Sem o Senhor, você não pode sequer respirar, mover-se, pesar, sentir ou falar. Sem mencionar ser espiritualmente influente. Levante-se pela manhã e deixe que Deus saiba de seu desespero por Ele. Ore clamando por ajuda.
Integridade. Seja absoluta e meticulosamente honesto e merecedor de confiança em seu trabalho. Seja pontual. Pague o justo pelo dia de trabalho. “Não furtarás”. Muitas pessoas roubam seus empregadores tanto com sua indolência quanto com o roubo do dinheiro em caixa.
Habilidade. Seja bom naquilo que faz. Deus lhe agraciou não apenas com integridade, mas também, dando-lhe dons, habilidades. Valorize este dom e seja um bom administrador destas habilidades. O aperfeiçoamento nestas técnicas se constrói na dependência e na integridade.
Moldando ao grupo.  À medida em que você se tronar influente e oportuno,  molde a imagem de seu trabalho, de forma que as estruturas, políticas, expectativas e objetivos do mesmo sejam compatíveis com as de Cristo. Por exemplo, alguém está moldando a imagem deste restaurante chamado Chick-fil-A através deste vídeo.
Impacto. Almeje ajudar à sua empresa a impactar de maneira construtiva ao ser e não destrutiva à alma. Algumas indústrias possuem um impacto destrutivo (como por exemplo, indústrias pornográficas, de apostas, aborto, trapaças, etc.). Entretanto, é possível ajudar muitas empresas a caminharem em uma direção que lhes propicie vida, sem arruinar a alma. Assim que tiver a oportunidade, trabalhe para isso.
Comunicação. Locais de trabalho são uma rede de relacionamentos. Estes só são possíveis através da comunicação. Introduza sua cosmovisão cristã às conversas do dia-a-dia. Não esconda sua luz debaixo de uma cesta de lixo. Coloque-a em evidência naturalmente, alegremente e de maneira cativante. ‘os que amam a tua salvação digam sempre: O Senhor seja magnificado!’ (Salmos 40:16)
Amor. Sirva aos outros. Seja aquele que se dispõe primeiro a comprar a pizza, a dar carona, organizar o picnic. Desperte o interesse das outras pessoas no trabalho. Seja conhecido como aquele que se importa não apenas com as histórias alegres de fim de semana, mas com os fardos das pesadas e dolorosas manhãs de Segunda-feira. Ame seus colegas de trabalho e apresente a eles o grande Carregador de fardos.
Dinheiro. O trabalho é o lugar onde você ganha (e gasta) dinheiro, sendo o mesmo inteiramente de Deus, e não seu. Você é um administrador. Transforme seu salário em uma enxurrada de generosidade na qual você administra o dinheiro pertencente a Deus. Não trabalhe para ganhar e assim, ter. Trabalhe para ganhar e assim ter o que dar e investir em obras que exaltem a Cristo. Faça com que seu dinheiro anuncie a Cristo como seu tesouro supremo.
Agradeça. Sempre dê graças a Deus pela vida, saúde, pelo trabalho e por Jesus. Seja uma pessoa grata no trabalho. Não esteja entre os que reclamam. Deixe que sua gratidão a Deus superabunde em um espírito humilde de gratidão a outros. Seja conhecido como alguém cheio de esperança, humilde e grato.
Há muitas outras coisas a dizer sobre glorificar a Deus no ambiente de trabalho. Mas isto é o começo. Adicione-as à lista à medida em que Deus lhe mostrar. A questão é: O que quer que faça, o que quer que coma, beba ou onde trabalhe, faça tudo para que Deus pareça tão grande quanto Ele verdadeiramente é.
Desiring God Blog: www.desiringgod.org
Tradução: Luiza Schilagi de Araujo



A Familia: juntos na presença de Deus
John Piper e Noel Piper


O louvor centralizado em Deus é extremamente importante na vida da igreja. Nós nos achegamos na hora de louvor no domingo de manhã com seriedade, sinceridade e expectativa. Nós tentamos banir tudo aquilo que é irreverente ou insignificante.
Nem todos os cultos são dessa maneira. O domingo de manhã é o Monte da Transfiguração – o lugar magnífico de glória e louvor. Domingo ou quarta-feira à noite é o Monte das Oliveiras – o espaço familiar para um momento com Deus e a comunhão.
Nesse folheto, esperamos cumprir dois objetivos: 1) demonstrar que pais (ou algum adulto responsável) devem trazer os pequeninos para o culto de louvor ao invés de mandá-los para o culto infantil; 2) dar algumas instruções práticas de como fazê-lo.
Não queremos afirmar que a nossa maneira de louvor e adoração é a única correta. Nem todas as nossas idéias se adaptam à maneira que outras igrejas fazem.
Por exemplo, não temos o sermão para as crianças como parte do culto matutino. Seria bom para as crianças, mas enfraqueceria a intensidade espiritual do culto. Para tudo tem o seu tempo. E nós cremos que pelo menos uma hora na semana devemos manter uma intensidade máxima de reverência a Deus.

O Grande Obstáculo

Existem diversos motivos por que incentivamos os pais a trazerem as crianças para o culto. Mas, esses argumentos não pesarão muito para os pais que não amam louvar ao Senhor.
O grande obstáculo para as crianças no culto é o fato dos pais não apreciarem o momento de louvor e adoração a Deus. As crianças sentem a diferença entre obrigação e prazer. Portanto, a primeira e mais importante tarefa para os pais é se apaixonar pelo louvor a Deus. Você não pode assumir o que você não possui.

Ajuntamento

É difícil superestimar a boa influência de famílias fazendo coisas valiosas como família semana após semana, ano após ano.
Cultuar é a coisa mais valiosa que o ser humano pode fazer. O efeito de 650 cultos que uma criança vai com o pai e mãe entre as idades de 4 e 17 é incalculável.

Sentir o Espírito do Culto

Pais têm a responsabilidade de ensinar suas crianças pelos seus exemplos, os ensinamentos e valores de cultuar. No entanto, os pais devem querer suas crianças com eles ao cultuar para que as crianças sintam o espírito e forma de louvor dos seus pais.
As crianças devem ver seus pais abaixando suas cabeças em oração durante o prelúdio e outros momentos de louvor e adoração. Eles devem ver como os pais cantam louvores a Deus com alegria e como eles ouvem a Palavra de Deus. Eles devem sentir o espírito de seus pais encontrando-se com o Deus vivo.
Alguma coisa parece incompleta quando os pais desejam apenas levar seus filhos nos primeiros anos de formação e colocá-los com outras crianças e adultos para formar sua atitude e comportamento no culto. Os pais deveriam ficar orgulhosos por serem modelos para seus filhos do tremendo valor da reverência na presença do Deus Poderoso.

Não Deve Ser Uma Expectativa Excessiva

Ficar sentado e quieto por uma hora ou duas não é uma expectativa excessiva para uma criança de 6 anos que foi ensinada a obedecer os pais. Requer uma medida de disciplina e isso é exatamente o que queremos encorajar os pais a trabalharem isso nos primeiros 5 anos dos seus filhos.
Desta maneira, o desejo de ter filhos no culto é parte de uma preocupação mais extensa que as crianças estão sendo criadas/educadas para então se tornarem “sob disciplina, com todo o respeito...” (1 Timóteo 3:4)
As crianças podem ser ensinadas nos primeiros 5 anos de vida a obedecerem seus pais quando dizem, “Fiquem quietos!”. Cultos alternativos não resolvem a falte de controle dos pais sobre seus filhos, mas uma renovação na disciplina em casa é necessária.

Nem Tudo Passa em Vão

As crianças absorvem grande parte de tudo no culto. Isto é verdade mesmo que falem que está monótono.
Música e palavras se tornam familiares. A mensagem da música começa a penetrar. O formato do culto se torna mais natural. O coral dá uma impressão especial com o tipo de música que as crianças não ouvirão em nenhum outro lugar. Mesmo que alguns dos sermões passem despercebidos, experiências mostram que as crianças ouvem e lembram de coisas marcantes.
O conteúdo das orações, cânticos e sermões dão aos pais oportunidades sem igual para ensinar seus filhos as grandes verdades da fé. Se os pais aprenderem a indagar seus filhos após o culto e explicar as coisas para eles, a capacidade das crianças de participar vai subir.
Nem tudo o que as crianças experimentam deve ser colocado no nível delas para fazer bem a elas. Algumas coisas devem ser, mas nem todas.
Por exemplo, ao aprender uma nova língua, você deve ir passo a passo, do alfabeto ao vocabulário, para a gramática. Ou você pode fazer um curso intensivo onde você mergulhará no ensino e tudo o que você ouve é a língua que você não conhece. A maioria dos professores de língua concordará que o último citado é o mais eficaz.
O culto no domingo não é inútil para as crianças apenas por que muito passa despercebido por elas. Elas podem e aprenderão essa nova língua mais rápido do que imaginamos, isto se houver atitudes positivas e alegres dos pais.

Um Sentimento de Maravilha

Existe uma solenidade e algo tremendo que as crianças devem experimentar na presença de Deus. Isto talvez não aconteça no culto infantil.
Um profundo sentimento do desconhecido e misterioso pode crescer na vida de uma criança sensível através da solenidade do culto, se seus pais estão buscando fervorosamente a Deus também. O mover profundo da magnificência de Deus pode chegar no coração jovem e suave através de momentos dos grandes hinos, momento silencioso, ou durante o sermão. Isso é de um valor imensurável no cultivo de um coração que ama a Deus.
Não cremos que as crianças que têm ido ao culto das crianças por muitos anos entre as idades de 6 e 12 anos, serão melhores treinadas a participar do culto de louvor mais do que se tivessem passado anos ao lado dos pais. Aliás, o oposto provavelmente é o caso.
Será mais difícil acostumar crianças de 10-12 anos para um culto de louvor do que crianças de 5-6 anos. O cimento está mais molhado e diversas possibilidades de moldar os impulsos do coração se foram.

Algumas Sugestões Práticas, Iniciando Passo por Passo

Nós descobrimos que a “escola” para aprender a louvar começa em casa quando tentamos fazer o bebê ficar quieto para pedir a bênção de Deus na refeição, quando a criança está quieta ouvindo uma história, quando a criança está aprendendo a prestar atenção na Palavra de Deus e orar durante a devocional em família.
Na igreja, mesmo quando nossas crianças estavam na idade de amamentar, eu comecei a ajudá-los a dar os primeiros passos para uma eventual participação no culto de domingo. Eu usei outros momentos para treinar, batismo, concertos do coral, apresentações missionárias ou qualquer outro evento especial que prenderia a atenção de uma criança de 3 anos. Eu “promoveria” isso para a criança como algo alegre. Essas participações ocasionais, gradualmente foram desenvolvendo em participação freqüente nos cultos enquanto que, ao mesmo tempo, estávamos começando a freqüentar cultos de manhã cada vez mais regularmente.
Escolhi não usar o culto para crianças como uma rota de escape quando o culto se torna longo ou quando a criança fica inquieta. Não quero dizer à criança que ela deve ir ao culto quando parecer interessante e então poderá ir brincar. Quero evitar um padrão que poderá reforçar a idéia que todos os cultos são bons até a pregação da Palavra de Deus, então poderá sair.
Claro que tem momentos que a criança fica inquieta ou barulhenta mesmo com o esforço dos pais. Eu oro pela compreensão das pessoas ao meu redor e tento lidar com o problema sem perturbar. Mas, se a criança não ficar quieta, eu levo para fora para uma rápida disciplina e para o bem dos outros que querem adorar. Então tenho que decidir se saio e fico atrás ou se fico na área reservada para pais com crianças pequenas Dependerá como a criança reagirá e se tem um momento apropriado para você sair ao longo do culto. Se ficarmos na área reservada para família fora do templo, eu tento manter meu filho quieto como se ainda estivéssemos no templo. Quanto tiverem 4 anos, nossos filhos assumirão que ficarão conosco nos cultos semanais.

Preparação Durante a Semana

Conversar antes e depois do culto ao longo da semana será importante para ajudar a criança a aprender a gostar de cultuar e se comportar no culto.
Ajude suas crianças a se familiarizarem com o pastor. Permita que elas o cumprimentem ao saírem do culto. Converse com elas sobre quem são os líderes da igreja, fale os nomes deles. Sugira que a professora de Escola Dominical convide o pastor para falar alguns minutos com as crianças se assim o horário permitir.
Se você souber qual será a passagem bíblica da mensagem para a próxima semana, leia junto com seu filho ao longo da semana. Os olhos das crianças brilharão quando reconhecerem as palavras do púlpito no próximo domingo.
Converse sobre o que tem de especial essa semana: um solo de trompete, um amigo que vai cantar, o missionário pelo qual vocês têm orado estará presente ou qualquer outra coisa especial.
Algumas vezes você poderá considerar as partes rotineiras do culto e preparar suas crianças: “Temos lido sobre José. O que você acha que o pastor falará sobre ele?”, “O que será que o coral cantará essa manhã?”, “Talvez possamos sentar ao lado do nosso amigo com deficiência e ajudá-lo com o hinário para ele participar do culto melhor.”
Existem dois elementos adicionais e importantes para a preparação do culto: uma caneta e papel para as anotações e ida ao banheiro (sair durante o culto não é recomendável).

O Que Acontece Durante o Culto?

Primeiro, eu entrego o boletim para a criança que queira. Isso ajudará com que ela sinta que está participando do culto. Em silêncio, antes do culto começar, eu mostro a liturgia do culto.
Durante o culto, nós ficamos sentamos ou levantamos junto com a congregação. Eu compartilho a minha Bíblia ou hinário com a minha criança porque o uso da Bíblia ou hinário é importante no culto.
O início do sermão é um sinal para iniciar as anotações. Quero que as atividades das crianças sejam relacionadas com o culto. Não leve livros que não têm nada a ver. Eu deixo com que ela olhe as figuras da Bíblia dela. Anotações não significam apenas riscar, mas de fato anotar coisas importantes.
As crianças se desenvolverão mais no entendimento sobre o culto à medida em que anotarem. Primeiro, farão desenhos conforme o que ouvem no sermão. Você pode escolher uma palavra que sabe que será falada várias vezes no sermão e dizer para a criança ouvir atentamente e anotar no seu papel cada vez que o pastor pronunciar a palavra.
Mais tarde, talvez a criança queira copiar as palavras da Bíblia. Quando sabe escrever, ele fará as frases que ouviu no sermão. Quando menos esperar, a criança estará esboçando o sermão.

Alvos e Necessidades

O treinamento que faço para o culto tem três alvos principais:
  1. Que as crianças aprendam cedo e da maneira que podem a cultuar Deus de coração;
  2. Que os pais possam cultuar também;
  3. Que as famílias não causem distrações para as pessoas ao redor.
Assim, existem algumas expectativas que ensino para os pequeninos e espero dos adultos também:
  • Sentar, ficar em pé ou fechar os seus olhos nos momentos adequados ao longo do culto;
  • Sentar de maneira correta, não relaxadamente ou deixar a criança no chão, mas com respeito a Deus e as pessoas ao seu redor;
  • Manter a Bíblia, papéis e boletim sem muito barulho;
  • Ficar alerta. Fazer anotações ajuda. Os pequenos podem dormir, mas geralmente não dormem;
  • Olhar para o líder no púlpito. Não ficar olhando para as pessoas ou para o relógio;
  • Se a criança consegue ler rápido, deve cantar com as palavras. Pelo menos, manter os olhos fixos nas palavras e tentar pensar nelas ao cantar. Se não consegue ler ainda, deve tentar ouvir e entender.

Criar um Ambiente Onde Você Está Sentado

Eu tento criar um ambiente ali no banco para tornar mais fácil ao longo do culto. Nos anos passados, eu sentava no meio das duas crianças que estavam tendo problemas entre elas. Escolhíamos os bancos onde pudéssemos ver o pastor melhor. Cada criança tem uma Bíblia, oferta e boletim nas mãos. Assim não precisam procurar durante o culto. Durante o prelúdio, se eu notar alguma coisa diferente no boletim que precisa ser esclarecido (uma leitura responsiva, oração em conjunto, por exemplo), eu mostro para a criança poder participar.

Após o Culto

Quando o culto terminar, minhas primeiras palavras serão de apreciação para a criança que se comportou. Ao mesmo tempo, posso comentar sobre algo que esperamos que seja melhor na próxima vez.
Mas... e se a minha expectativa não foi cumprida e não houve um bom comportamento? A primeira coisa a fazer quando o culto terminar é o silêncio e, imediatamente, procurar um lugar onde poderei conversar com a criança sobre o que aconteceu.

Encerramento

Nas raras ocasiões quando meu marido, que é pastor, pode sentar ao nosso lado, o caçula vai direto para o colo dele e fica mais atento e quieto do que o normal. Que coisa maravilhosa para a mente da criança associar a proximidade e calor do colo dos pais a um momento especial com Deus!
A criança tem o mesmo sentimento de estar ao lado dos seus pais ou de um abraço ao redor dela ou a mão amorosa ao redor.
O momento da família junta com o foco em Deus será um momento sem palavras, crescendo cada vez mais na mente e coração da criança.
Você tem permissão, bem como nosso incentivo, para reproduzir e distribuir este material em qualquer formato, contanto que não altere, em alguma maneira, a fraseologia e não cobre um valor além do custo de reprodução. Para postar na internet, preferimos a utilização de um link referente a este documento remetendo a nosso website. Quaisquer exceções a essas orientações têm de ser aprovadas pelo Desiring God.




Por quem Jesus provou a morte?
John Piper
Hebreus 2:9
“vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.”

Para aqueles a quem Ele veio salvar

Ontem marchei para Jesus, juntamente com milhares de pessoas nas cidades gêmeas (Minneapolis and Saint Paul) e com milhões ao redor do mundo. Quando fiz a curva do Nicollet Mall em direção à Sexta rua, estávamos cantando a segunda estrofe de "Oh, venham coroar Jesus o Salvador". Eu provavelmente era o único que já estava pensando na mensagem desta manhã. E o título desta mensagem é: "Por quem Jesus provou a morte?" A estrofe de " Oh, venham coroar Jesus o Salvador " é mais ou menos assim:
Coroe o Senhor da Vida
Que triunfou sobre o túmulo
E levantou-se vitorioso na contenda
Para aqueles a quem Ele veio salvar
Sua glória agora nós cantamos
Quem morreu e subiu às alturas
Quem morreu para trazer a vida eterna
E vive para morte exterminar
Ele triunfou sobre a morte e ressurgiu vitorioso da luta por aqueles a quem veio salvar. “Para aqueles a quem Ele veio salvar." Estas palavras parecem indicar que o escritor deste hino acredita que Jesus Cristo tinha um projeto para realmente salvar um determinado grupo de pessoas pela Sua morte. Ele triunfou sobre a morte para aqueles a quem Ele veio salvar. Parece haver alguns que ele veio salvar, e que para estes a morte foi derrotada e a vida eterna é dada.

Para Todos?

Minha questão nesta manhã é a seguinte: “Por quem Cristo provou a morte?”. Pergunte a 100 pessoas cristãs evangélicas na América e 95 provavelmente dirão: “Todos”. E há algo muito positivo nesta resposta – e algo negativo. O lado positivo é que não é faccioso ou elitista ou sectário. Olha-se para o mundo, querendo que outros desfrutem do perdão dos pecados que os crentes desfrutam. Não é restrito e limitado em suas afeições.
Ele tenta expressar a verdade bíblica de que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho único para que todo aquele que crê não pereça, mas tenha a vida eterna (João 3:16). É saudável e correto acreditar que todo aquele que tem fé - não importa a raça, ou o grau de instrução, ou a inteligência, ou a classe social, ou a religião – todo aquele que coloca a fé em Jesus Cristo é justificado e aceito por Deus, com base no sangue derramado de Jesus. É saudável e correto acreditar que ninguém pode dizer: "Eu realmente quero ser salvo por Jesus acreditando, mas eu não posso ser porque Ele não morreu por mim." Ninguém pode dizer isso. Não há quem tenha verdadeira fé por quem Jesus não morreu.
Há muitas razões pelas quais esta resposta (que Jesus provou a morte por todos) é um sinal de boa saúde espiritual. Uma das razões mais óbvias está aqui, no nosso texto, Hebreus 2:9:
“vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos.”
A resposta que 95% dos evangélicos dariam é um sinal da existencia da vontade de dizer o que a Bíblia diz.
Mas dizer o que a Bíblia diz e dizer o que ela significa não são necessariamente a mesma coisa. É por isso que eu disse que há algo de negativo em  responder à pergunta "Por quem Jesus provou a morte?" simplesmente dizendo "todo mundo". O que é negativo, não significa, em primeiro lugar, que seja errado. Pode não estar errado. Depende do que você quer dizer com isso. O que é negativo é que este argumento não se aprofunda no que Jesus realmente cumpriu quando morreu. Ele presume que todos sabemos o que Ele fez, e que realizou seu sacrifício por todos da mesma maneira. Isso não é saudável, porque não é verdade. Meu palpite é que a maioria desses 95% que dizem que Jesus morreu por todos teriam dificuldade em explicar exatamente o que é que a morte de Jesus realizou para todos - especialmente o que é que foi feito para aqueles que se recusam a acreditar e irão para o inferno.

Então por que nem todos são salvos?

Em outras palavras, não é saudável dizer que Jesus provou a morte por todos e não saber o que Jesus realmente cumpriu ao morrer. Suponha que você me diga: "Eu creio que Jesus morreu por todos," e eu respondo: "Então por que nem todos são salvos?" Sua resposta provavelmente seria: "Porque você tem que receber o dom da salvação, você tem que crer em Cristo para que a morte dEle possa valer para você." Eu concordo, mas então eu digo: "Então você acredita que Cristo morreu por pessoas que o rejeitam e vão para o inferno da mesma forma que ele morreu por aqueles que o aceitam e vão para o céu?" Você diz: "Sim, a diferença é a fé daqueles que vão para o céu. A fé conecta você aos benefícios da morte de Jesus."
Há vários problemas nessa resposta. Vou mencionar apenas um. E eu me debruço sobre isso porque, se é isso que você acredita, então você está perdendo as profundas riquezas da aliança de amor que Deus tem para você, em Cristo, por causa desse entendimento de que o amor dele é o mesmo tanto para os que creem quanto para os que O rejeitam. E você está seriamente “negligenciando a sua grande salvação", que vimos em Hebreus 2:3 que não devemos fazer. Se você acredita que aqueles que foram para o inferno foram amados e que a morte de Cristo vale tanto quanto pra você,  você nunca chegará a conhecer a total grandeza do amor do Calvário.
Seria como se uma esposa insistisse para que seu marido a amasse e se sacrificasse por ela da mesma forma  ele ama e se sacrifica por todas as mulheres do mundo. Mas, na verdade, o apóstolo Paulo diz em Efésios
“Cristo amou a igreja, e a si mesmo se entregou por ela, a fim de a santificar, tendo-a purificado com a lavagem da água, pela palavra, para apresentá-la a si mesmo igreja gloriosa, sem mácula, nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e irrepreensível.“
É isso que nós queremos dizer quando nos referimos que Ele morreu pela Igreja, Sua noiva. Em outras palavras, há uma preciosa e incomensurável aliança entre Cristo e Sua noiva, o que O levou a morrer por ela. A morte de Jesus é pela noiva de Cristo de maneira diferente que por aqueles que perecem.
Aqui temos um problema em dizer que Cristo morreu por todos da mesma forma que morreu pela Sua noiva. Se Cristo morreu pelos pecados que ao final se perderão do mesmo modo que morreu pelos que serão salvos, então por qual motivo os perdidos serão punidos? Os pecados deles  foram ou não cobertos pelo sangue de Jesus? Nós Cristãos dizemos: “Cristo morreu pelos nossos pecados” (I Coríntios 15:3). E nós queremos dizer que ele morreu para pagar a dívida que esses pecados gerou. A morte dEle removeu a ira de Deus de sobre mim. A morte dEle retirou a maldição da lei de sobre mim. A morte dEle comprou o céu para mim. Essas coisas realmente se cumpriram na morte dEle!
Mas o que significaria dizer que Cristo morreu pelos pecados de um incrédulo que irá para o inferno? Será que significaria que os pecados deste homem foram pagos? Se foram, então porque ele está pagando novamente no inferno? Significaria que a ira de Deus foi removida? Se sim, porque a ira de Deus foi derramada em punição pelos seus pecados? Significaria que a maldição da lei foi retirada? Se sim, porque ele está tendo que suportar a maldição no lago de fogo?
Uma possível resposta é essa: Alguém pode dizer que a única razão porque as pessoas vão para o inferno é o pecado de rejeitar a Jesus, e não por todos os pecados de suas vidas. Mas isso não é verdade. A Bíblia ensina que a ira de Deus virá sobre o mundo, não somente por rejeitarem a Jesus, mas por causa dos seus muitos pecados não perdoados. Por exemplo, em Colossenses 3:5-6, Paulo se refere à imoralidade, impureza, paixões do mundo, concupiscência e avareza, e diz que “por estas coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência”. Então as pessoas que rejeitam a Jesus realmente serão punidas por seus pecados específicos, e não somente por rejeitarem a Ele.

Em que sentido Jesus provou a morte por uma pessoa no inferno?

Então, voltamos ao problema: em que sentido Cristo provou a morte pelos pecados deles? Se eles ainda são culpados pelos seus pecados e ainda sofrem punição por causa de seus pecados, o que aconteceu na cruz pelos seus pecados? Talvez alguém use uma analogia. Você poderia dizer que Cristo comprou o ticket deles para o céu e ofereceu isso a eles gratuitamente, mas eles recusaram-se a receber, e por isso estão no inferno. E você estaria parcialmente correto: Cristo realmente oferece o perdão dEle livremente a todos, e qualquer que recebê-lo como o tesouro que é, será salvo por Sua morte. Mas o problema com a analogia é que a compra do ticket para o céu é, na verdade, o cancelamento de pecados. Mas o que nós vimos é que aqueles que recusam o ticket são punidos pelos seus pecados, não pode apenas recusarem o ticket. Logo, que significado há em se dizer que os pecados deles foram cancelados? Esses pecados deles trarão destruição a eles e os manterão foram do paraíso; portanto seus pecados não foram realmente cancelados na cruz e, assim, o ticket não foi comprado.
ticket para o céu que Jesus obteve para mim pelo seu sangue é limpeza de todos os meus pecados, cobrindo-os, suportando-os em seu próprio corpo para que eles nunca me levassem à ruina – nunca poderão ser colocados sobre mim novamente – nunca. Foi isso que aconteceu quando ele morreu por mim. Hebreus 10:14 diz: “Pois com uma só oferta tem aperfeiçoado para sempre os que estão sendo santificados”. Aperfeiçoados perante Deus para sempre, pela oferta da vida dele! É isso que significa que ele morreu por mim. Hebreus 9:28 diz: “Cristo, oferecendo-se uma só vez para levar os pecados de muitos”. Ele suportou meus pecados. Ele realmente os suportou (veja Isaías 53:4-6). Ele realmente sofreu por causa deles. Eles não podem e não recairão sobre minha cabeça no julgamento.
Se você me diz que, na cruz, Cristo apenas cumpriu por mim o que ele cumpriu para aqueles que sofrerão no inferno por causa do pecados deles, então você esvazia a morte de Jesus em seus efetivos cumprimentos por mim, e me deixa com o que? – uma aliança que perdeu seu precioso poder de assegurar que meus pecados foram realmente cobertos e que a maldição foi verdadeiramente retirada e a ira de Deus removida. Esse é um alto preço a se pagar por dizer que Cristo morreu por todas as pessoas no mesmo sentido.
Eu não creio que a Bíblia nos mande ou, de fato, nos permita dizer que Cristo morreu por todos da mesma maneira. O contexto de Hebreus 2:9 é um bom lugar para mostrar que a morte de Cristo teve um plano ou objetivo especial para os escolhidos de Deus, diferentemente do que para outros.

O Que “todos” significa?

No final do verso 9, o autor diz: “pela graça de Deus, (Cristo) provasse a morte por todos”. A questão aqui é se “todos” refere-se a todos os seres humanos sem distinção, ou se refere a todos dentro de um certo grupo. Quanto digo “Todos estão presentes?” eu não quero dizer todos os seres humanos do mundo. Eu quero dizer todos do grupo que tenho em mente. Qual é o grupo que o escritor tem em mente: toda a humanidade sem distinção ou algum outro grupo?
Vamos deixá-lo responder ao averiguar seu pensamento no verso seguinte. Verso 10 é fundamento do 9: Cristo provou a morte por todos “porque convinha que aquele, para quem são todas as coisas, e por meio de quem tudo existe, em trazendo muitos filhos à glória, aperfeiçoasse pelos sofrimentos o autor da salvação deles”. Em outras palavras, imediatamente após dizer que pela graça de Deus Cristo provou a morte por todos, o autor explica que o plano de Deus para o sofrimento de Cristo foi “trazer muitos filhos à glória”. Então os versos 9 e 10 se juntam assim: Cristo provou a morte por todos, porque convinha a Deus que o caminho para levar seus filhos à glória foi através do sofrimento e morte de Cristo.
Isso significa que “todos” do verso 9 provavelmente refere-se a todos os filhos levados à glória no verso 10. Em outros termos, o plano de Deus – o objetivo e propósito de Deus – ao enviar Cristo para morrer foi especialmente para levar seus filho desde o pecado, morte e inferno, para a glória. Ele tinha um olhar especial aos seus próprios filhos eleitos. É exatamente o que o evangelho de João diz em 11:52 – que Jesus morreria “congregar num só corpo os filhos de Deus que estão dispersos”. Esses “filhos de Deus” que Cristo morreu para congregar são os “filhos” que Deus está levando à glória através da morte de Cristo em Hebreus 2:10.
Você pode observar isso nos versos 11 e 12 também:
“Pois tanto o que santifica (Cristo) como os que são santificados (os filhos que ele leva à glória), vêm todos de um só; por esta causa ele não se envergonha de lhes chamar irmãos, dizendo (Salmo 22:22): ANUNCIAREI O TEU NOME A MEUS IRMÃOS, CANTAR-TE-EI LOUVORES NO MEIO DA CONGREGAÇÃO.”
Os filhos que Deus leva à glória pela morte de Cristo são agora chamados de irmãos de Cristo. Foi por todos estes que Cristo provou a morte.
O versículo 13 chama-os agora não somente  de irmãos, mas em outro sentido de filhos de Cristo:
“E outra vez: POREI NELE A MINHA CONFIANÇA (A própria confissão de fé de Cristo em seu Pai, junto com seus irmãos). E ainda: EIS-ME AQUI, E OS FILHOS QUE DEUS ME DEU.”
Note que os filhos que estão sendo levados à glória pela morte de Cristo agora são chamados de filhos que Deus deu a Cristo. Eles não somente se tornaram filhos por escolherem a Cristo. Deus agiu em favor deles e os trouxe a Cristo – os deu a Cristo. E por todos estes ele provou a morte e leva-os à glória. Esse é exatamente o modo que Jesus falou sobre seus discípulos na oração de João 17:6: “Manifestei o teu nome aos homens que do mundo me deste. Eram teus, e tu mos deste”. O cenário que temos é um povo escolhido que o Pai livremente e graciosamente deu ao Filho como seus filhos.
Agora note como os versos 14 e 15 ligam o objetivo da encarnação e da morte de Cristo com seu grupo escolhido de filhos:
“Portanto, visto como os filhos são participantes comuns de carne e sangue(visto que aqueles que o Pai deu ao Filho tem natureza humana), também ele semelhantemente participou das mesmas coisas (natureza humana), para que pela morte derrotasse aquele que tinha o poder da morte, isto é, o Diabo; e livrasse todos aqueles que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à escravidão (pelo nome, todos os filhos e irmãos que Deus deu ao Filho para levar à glória por sua morte).”
A razão aqui explicada para a encarnação e morte de Jesus (no verso 14) é que os “filhos” compartilham da carne e do sangue. É por isso que Cristo veio em carne e sangue. E os “filhos”, conforme o verso 13, não são humanos comuns, mas filhos de Deus dados a Jesus. E, assim, todo o plano e objetivo da encarnação e morte de Jesus foi levar  os filhos, os irmãos, dados por Deus a Jesus, à glória.

Sua fé foi comprada pela morte de Cristo

Vou para por aqui no nosso texto, mesmo podendo expor pelo resto do capítulo que o objetivo de Deus em enviar Jesus para morrer foi cumprir algo definitivo pelos seus irmãos, seus filhos, dados por Deus a Ele, retirados do mundo. Mas encerrarei e farei uma aplicação para concluir.
Eu não estou nem um pouco interessado em privar o valor infinito da morte de Jesus de ninguém. Que seja conhecido e ouvido muito claramente: "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê”, eu digo novamente: “todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. Cristo morreu para que todo aquele que (aqui nesta manhã) acredita não pereça, mas viva.
E quando você crê como deve crer, descobrirá que a sua fé, como todas as outras bênçãos espirituais, foi comprada pela morte de Cristo. O seu pecado da descrença foi coberto pelo sangue, e, portanto, o poder da misericórdia de Deus foi derramado através da cruz para reprimir sua rebelião e trazê-lo para o Filho. Você não fez a cruz efetiva em sua vida pela fé. A cruz tornou-se eficaz em sua vida ao comprar a sua fé.
Quanta glória há nisso, irmãos! Glória que seus pecados foram realmente cobertos quando Jesus provou a morte por você. Glória que a culpa realmente foi removida quando Jesus provou a morte por você. Glória que a maldição da lei foi realmente retirada e que a ira de Deus foi realmente removida, e que a preciosa fé que une todos vocês a este tesouro, em Cristo, foi um presente comprado pelo sangue de Jesus.
Jesus provou a morte por todo aquele que tem fé. Porque a fé de todo o que crê foi comprada pela morte de Cristo.
Para maiores reflexões veja:
1 Timóteo 4:10
Efésios 5:25–27
Tito 2:14
João 10:15; 11:52; 17:6, 9, 19
Atos 20:28
Apocalipse 1:5; 3:9; 5:9
Romanos 8:28–32
1 João 2:2 (compare João 11:52)
2 Pedro 2:1



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Masturbação e Missão
John Piper
Masturbação é a experiência de orgasmo sexual produzido por autoestimulação. Quase todo homem e muitas mulheres já experimentaram. Ela é uma prática regular de muitos homens solteiros.
A derrota na área da cobiça é uma das principais forças que impedem os jovens de obedecer ao chamado de Deus para o serviço cristão vocacional. Um adolescente ouve um chamado desafiador para se entregar à causa da evangelização mundial. Ele sente a persuasão do Espírito Santo. Prova a emoção de seguir ao Rei dos reis na batalha. Mas ele não obedece, pois está masturbando regularmente. Ele se sente culpado. Dificilmente consegue se imaginar testemunhando a uma bela garota sobre a condição eterna de sua alma, pois está acostumado a contemplar garotas nuas em sua imaginação. Assim, ele se sente indigno e incapaz de obedecer ao chamado de Deus. A masturbação se torna a inimiga de missões.
Mas a masturbação é algo errado? Deixe-me abordar a questão principalmente para os homens. Não posso imaginar orgasmo sexual sem imagem sexual na mente. Sei que existem ejaculações noturnas, as quais considero inocentes e úteis, mas duvido que alguém tenha um orgasmo à parte de um sonho sexual que forneça a imagem necessária na mente. Evidentemente, Deus constituiu a conexão entre orgasmo sexual e pensamento sexual de tal forma que a força e o prazer do orgasmo dependem do pensamento ou imagens em nossas mentes.
Portanto, para se masturbar, é necessário ter pensamentos ou imagens vívidos e excitantes na mente. Isso pode ser feito por pura imaginação ou mediante fotos, filmes, histórias ou pessoas reais. Essas imagens sempre envolvem as mulheres como objeto sexual. Uso a palavra “objeto” porque para uma mulher ser um verdadeiro “sujeito” sexual em nossa imaginação, ela deve na realidade ser alguém com quem experimentamos o que estamos imaginando. Esse não é o caso com a masturbação.
Dessa forma, voto um não para a masturbação. Pode haver outras razões pelas quais ela é errada. Por ora, fundamento meu voto sobre as inevitáveis imagens sexuais que acompanham a masturbação, as quais tornam as mulheres em objetos sexuais. Os pensamentos sexuais que possibilitam a masturbação não ajudam nenhum homem a tratar as mulheres com maior respeito. Portanto, a masturbação produz culpa real e legítima, e obstrui o caminho da obediência.
Três encorajamentos para homens solteiros:
1. Vocês não estão sozinhos na batalha. 
2. Fracasso periódico nesta área não te desqualifica mais para o ministério do que fracassos periódicos de impaciência (que também é um pecado). 
3. Procure o poder expulsivo de uma novação afeição. Andei por uma seção inteira de livros de “fotografia” no Walker Art Center na quinta-feira passada, capacitado pelo prazer melhor de sentir Cristo conquistar a tentação do olhar.


Por causa do seu poder,
Pastor John




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